terça-feira, abril 25, 2006

Cravos


"A sua pesquisa - cavaco+cravo - não encontrou nenhum documento.

Sugestões:
Verifique que nenhuma palavra contém erros ortográficos.
Tente utilizar outras palavras-chave.
Tente palavras-chave mais gerais.
Tente com menos palavras-chave."
Tente com outro Presidente.

domingo, abril 23, 2006

Razão da minha indiferença face ao desfecho da Super Liga

Ontem à noite recebi mensagens provocadoras de praticamente todos os tripeiros por quem tenho consideração - sim, é possível - nesta vida. Três ou quatro.

sexta-feira, abril 21, 2006

O povo é sereno?

"Não deve entrar em pânico" (Um dos conselhos a seguir em caso de sismo)
"Previna o pânico" (Um dos procedimentos de emergência a bordo de um avião)
"Não entre em pânico e reze" (Conselho telefónico para uma das pessoas encurraladas no World Trade Center no 11 de Setembro de 2001)
"Não entrem em pânico" (De certeza que alguém disse isto quando o Titanic estava a afundar)
"Não se justifica entrar em pânico" (Ministro das Finanças português perante a conjuntura económica)

Tranquilos?

Se eu fosse deputada...

quinta-feira, abril 20, 2006

Há 500 anos!

Em Espanha, no mesmo ano em que Colombo (re) descobriu a América, o inquisidor-geral Torquemada projectou a expulsão dos judeus. Os reis católicos assinaram o édito de expulsão e precipitaram a comunidade judaica residente em Espanha a refugiar-se em Portugal.
D. Manuel viveu, então, momentos difíceis. Não temia a comunidade judaica (aliás, dependia em muito dela), mas as boas relações diplomáticas com o país vizinho forçaram o monarca a assinar um decreto de expulsão dos judeus de Portugal (a 5 de Dezembro de 1496). Este decreto incluiu judeus e mouros (estes sempre esquecidos) que haviam recusado o baptismo. Não deixa de ser curioso que nesse mesmo ano Abraão Zacuto publicou o Almanach Perpetuum, uma obra de grande importância para a astrologia e navegação. Esta sucessão aparentemente absurda de episódios ajuda-nos a perceber os dilemas do rei. Assim sendo, e para ganhar tempo, em 1497 a expulsão dos judeus é comutada em conversão forçada.
Em Abril de 1506, um levantamento anti-judaico em Lisboa resultou no grande morticínio. Foi há 500 anos! Dizem que foram assassinadas perto de 2.000 cristãos-novos, porque o povo (e sempre ele) não acreditava nestas conversões forçadas. Também a conjuntura de peste e a murmuração anti-fiscal não ajudaram, e os judeus pagaram caro. Depois disto, o rei decidiu tomar sob sua protecção os cristãos-novos, porque o poder precisava deles e por isso protegeu-os.

Ontem a comunidade judaica relembrou a memória daquele acontecimento que teve lugar nas ruas de Lisboa.
Muitos estão convencidos que foi mais um auto-de-fé. Não é verdade. O primeiro auto-de-fé registou-se anos mais tarde, em 1540. Na sua maioria os que foram queimados em autos-de-fé foram judeus, mas também muitas condenações encontraram motivos na feitiçaria e na depravação de costumes.
Segundo as notícias de ontem, não desmentidas pela comunidade judaica, os acontecimentos de há 500 anos vitimaram 4.000 judeus (segundo fontes coevas). Não é verdade. Segundo Alexandre Herculano, na sua obra Da Origem e Estabelecimento da Inquisição em Portugal, o massacre ceifou em dois ou três dias perto de 2.000 pessoas. Mais, muitos historiadores consideram o número exagerado. A acreditarmos nas notícias de ontem e na comunidade judaica portuguesa, parece que o levantamento popular de 1506 matou mais judeus que muitos autos-de-fé juntos.

quarta-feira, abril 19, 2006

Parabéns?

O PS faz hoje 33. A idade de Cristo quando foi crucificado.

domingo, abril 16, 2006

Páscoa é em Idanha-a-Nova



Porque lá, na noite da sexta-feira santa, ainda há a procissão mórbida do Enterro do Senhor, com as imagens em tons carregados e um caixão que é fechado com um estrondo na igreja matriz.

Porque as pessoas vão em silêncio na procissão e no estômago não levam nem um resto de carne. A abstinência é cumprida à risca em dias assim. Quando a minha avó morreu explicaram-me porquê Hoje é a terra que come a carne minha filha.

Porque lá há a Encomendação das almas pela noite dentro, no castelo sem muralhas da Vila. Cá em baixo, dos cânticos mórbidos só se ouve o tom carpideiro. E arrepia.

Porque no dia seguinte, sábado, não há idanhense que não queira saber Então e logo ides à Aleluia? (ninguém diz Aleluia como um idanhense de gema) E tendes apitos? É que a noite é de farra, à moda da terra. O padre Adelino acende as luzes da igreja matriz com a palavra de ordem Aleluia Aleluia (tentem acentuar o u como se fosse francês) e com ela manda para a rua a multidão de apito em riste. Mas nem só de apitos se faz a Aleluia. Ali vale tudo - dos chocalhos do passado às buzinas dos hooligans de hoje - desde que faça barulho.

Porque no fim da volta à Vila a espalhar a boa nova, e quando de dentro da cabeça já não sai nem a música da banda, nem os apitos, nem os apitos a tentarem acompanhar a música da banda, o padre Adelino atira sacos de amêndoas pela janela da casa do adro à multidão ali amontoada. São amêndoas como as outras, mas quem as apanha parece que ganhou um troféu.

Porque em frente à casa do Marquês há chouriço assado e copos para festejar.

Porque na manhã de domingo a procissão sai de cara lavada, a contrastar com a noite de sexta-feira. Andores cheios de flores, imagens em tons alegres e banda aprumada. Os anjinhos, claro, não faltam. Vai tudo com o fatinho-de-ver-a-Deus. O padre Adelino vai cantando Ressurexit sicut dixit. Em resposta (a parte que dava – ainda dá - dores de barriga de tanto conter o riso): Ialeluia Ialeluia Ialeluia Ialeluia.

No fim, agora já não há, mas houve durante toda a vida. A avó Rita a dizer adeus, do 29 da rua de São João, até o carro cheio desaparecer na curva. Até à Senhora do Almurtão.

quarta-feira, abril 12, 2006

Vergonha

Ulitmamente oiço os deputados preocupados com a reforma do sistema político. Apoiam esta vontade em mudar as regras do seu próprio meio na "necessidade" de "dignificar a vida política" e na "aproximação entre eleitos e os seus eleitores". Gasta-se tinta, palavras, horas de debate intenso. Gasta-se a paciência de todos. E depois, quando a questão 'vai no adro' airosa e contente, eles dão o exemplo:

"AR: Falta de quórum impede votações em véspera de fim-de-semana prolongado
Lisboa, 12 Abr (Lusa) - A falta de quórum devido à presença em plenário de apenas 111 dos 230 deputados impediu hoje as votações semanais na Assembleia da República, que exigem a comparência de maisde metade do hemiciclo. "Por falta de quórum não se realizam as votações", anunciou o presidente da Assembleia da República, Jaime Gama, depois de verificado o número de deputados presentes no hemiciclo na sessão de hoje, em vésperas de fim-de-semana prolongado devido à Páscoa." (Lusa)

segunda-feira, abril 10, 2006

Salganhada...

Vai ser engraçado ver Prodi a gerir uma coligação que vai de democratas-cristãos a comunistas. Nem entre os poderes da Comissão Europeia Prodi encontrou tamanha disparidade ideológica. Serão tempos de apaziguamento ideológico ou de economia a quanto obrigas? Parece que agora os valores são outros.

Donos da democracia



Berlusconi para a mãe (95 anos): "Colocas a cruz onde diz Força Itália".

Mário Soares já fez duas vezes um número semelhante. E vão lá dizer-lhe que ele não pode...

As borboletas e a luz II

Foi sem querer. A sério que foi. Ontem voltei a apanhar o Ruizinho mesmo no momento em que o grande comentador falava alegremente do Benfica. Ah maravilha! Reparem no dinamismo:
- Há um mês o Benfica dizia orgulhosamente que estava nas três frentes [Champions, Super Liga, Taça de Portugal]. Agora arrisca-se a não ter nenhuma das três frentes. Arrisca-se?Este rapaz é um optimista.
- O Benfica esteve quase a superar-se. Quase? O Ruzinho afinal recua: Superou-se na Liga dos Campeões.
- A minha preferida: Temos que perceber que no ano passado o Benfica foi campeão de um campeonato que foi fraco. Já foi há um ano, mas o Ruizinho ainda não consegue dormir sobre o assunto.

E ele continuou. Eu não. O Herman tinha lá o Quim Barreiros a cantar qualquer coisa como Ai ai Maria posso ir à tua padaria? Não tens freguês como eu seja noite ou seja dia. Finalmente algum nível na programação dominical.

Sina, falta de estofo, frustração e inglória...

...eis o Sporting.

sexta-feira, abril 07, 2006

Verão à Benfica?

Quando não se ganha nada segue-se um Verão como só o Benfica pode dar. Ficámos sem saber o que é que se passou no hotel. Até pode não ter acontecido nada, mas fica a ideia que alguma coisa aconteceu ou lança-se o mote para que alguma aconteça no futuro.
Hoje lê-se nos jornais desportivos (com o campeonato em curso) possíveis mexidas no plantel: Ricardo Rocha de saída; Miccoli a querer continuar; Moretto muito elogiado lá fora; Geovanni cobiçado no Brasil. Por outro lado, a contestação a Koeman está eminente. Principal argumento: pensou na gestão da carreira de treinador e esqueceu os objectivos do clube. Conseguir alguma coisa no campeonato está fora de questão, até porque Koeman não quer saber das equipas portuguesas com quem o Benfica se defronta e a contestação vai complicar estes últimos jogos. Talvez só a boa figura da selecção portuguesa no Mundial faça com que a imprensa não explore as fraquezas do Benfica depois do campeonato. Caso contrário, temos Verão à Benfica.

quinta-feira, abril 06, 2006

Crónica sobre como é que uma equipa passa um jogo sem rematar à baliza ou como é que um defesa comete um erro daqueles num jogo grande

Está tudo dito.

Sadismo lusitano

Em Portugal os acidentes rodoviários num sentido bloqueiam os dois. É que do outro lado da estrada, o tuga gosta de passar pelos estragos, abrandar, olhar, nem que seja para exclamar Ai que horror! Eu nem quero ver isto! Deve ser este mesmo fenómeno que está a fazer com que as audiências do Táxi desta manhã estejam ligeiramente acima da média dos 2 ou 3 cliques familiares. Estamos vivos, sim. E de boa saúde.

quarta-feira, abril 05, 2006

Fé ou falta dela

É muito jogo! Esta dupla promete. Reparem na sintonia aqui em baixo. Sem combinar nem nada. Sintonia ou uma estranha forma de fé? A ver vamos. Pode ser que resulte...

Adaptação do post do dia 28 de Março de 2006*

NÃO QUERO SABER DO BENFICA, O MEU CLUBE É O MARINHENSE, NÃO QUERO OUVIR FALAR DO JOGO COM CATALÃES, DO RONALDINHO OU DO ETO'O OU DA PIADA DO DIA "EU SOU NACIONALISTA E ESTOU PELO DECO". VOU ESTAR LONGE DA TV ENTRE AS 19H45 E AS 21H15 DE HOJE (pelo menos). NÃO QUERO SABER E TENHO RAIVA DE QUEM SABE. Se ganharmos (a 1ª pessoa do plural só se aplica à vitória), pinto o Táxi de vermelho [vão ver, vão ver que desta é que é] e começo a sonhar com Paris e um estádio cheio de emigrantes a gritar BEN-FI-CÁ, BEN-FI-CÁ!

*Porque em superstição vencedora agora é que não se mexe mesmo.

Porque sagrado é sagrado

NÃO QUERO SABER DO BENFICA, O MEU CLUBE É O MARINHENSE, NÃO QUERO OUVIR FALAR DO JOGO COM CATALÃES, DO RONALDINHO OU DO ETO'O OU DA PIADA DO DIA "EU SOU NACIONALISTA E ESTOU PELO DECO". VOU ESTAR LONGE DA TV ENTRE AS 19H45 E AS 21H15 DE HOJE. NÃO QUERO SABER E TENHO RAIVA DE QUEM SABE. Se ganharmos (a 1ª pessoa do plural só se aplica à vitória), pinto o Táxi de vermelho [agora é que é] e começo a sonhar com Paris e um estádio cheio de emigrantes a gritar Benficá.

* Escreve o Zé. Habitualmente é a RT. Não importa, "porque em superstição vencedora não se mexe mesmo."

terça-feira, abril 04, 2006

Choque tecnológico

Interrompo o meu voto de silêncio para anunciar que depois de uma verdadeira 'task force' em torno do template deste blog, eis que aparecem os links de eleição do Táxi. Agradeço o esforço aos esforçados.

Nota: quem aqui vier e não estiver 'linkado' não se apoquente e faça o favor de informar a administração.

Ó Zé!

Não, não é o primeiro-ministro. Não, não é o Zé que o Barroso celebrizou. Não, não é nenhum dos Zés da União Europeia. (Já pareço o Sócrates com esta coisa da dupla negaçao...). Sim, é o Zé o novo fogareiro que era suposto partilhar comigo a condução do Táxi desde domingo. Eu sei que és pai de filhos e tal, mas anda lá com a posta pá! Eu não escrevo até te apresentares aos senhores. E olha que amanhã é dia de publicar o 'post da superstição'...não me lixes o esquema.

segunda-feira, abril 03, 2006

As borboletas e a luz

Assim é a minha relação com os comentários desportivos do Rui Santos na SIC Notícias (sobretudo os de domingo à noite). Aquilo faz-me mal, eu sei, mas não consigo evitar. Depois mudo de canal. A separação não dura mais de 30 segundos e lá volto eu ao suplício dominical. Ontem o rapaz estava no seu melhor. Massacrou o Benfica - já não surpreende - sempre com análises obtusas - ainda menos surpreende.
Sobre o jogo com o Belenenses arrasou com a arbitragem e mostrou-se atónito por os clubes - e cito para não passar eu por mente-capta - "não dizerem nada quando são beneficiados pela arbitragem". O miúdo faz-se! Tudo isto porque no jogo dos quartos de final da Liga dos Campeões o Benfica e toda a imprensa lusa criticaram o trabalho do sr. árbitro. Agora, contra o Belenenses, onde "ficaram dois penalties claros por assinalar", ninguém diz nada. Um puro este Ruizinho.
E pronto. Foi depois deste mimo que aconcheguei o Rui com qualquer coisa acabada em 'ão' e mudei de canal. Mas lá voltei, qual borboleta contra a lâmpada acesa ou moscardo contra as barras azul-flurescente. E dizia então o grande comentador: "Vejam só que nesta altura do campeonato o Benfica anda a trabalhar o jogo de pés do guarda-redes! Isso é trabalho para a pedicure. É caso para dizer que se no ano passado o Benfica foi levado ao colo, este ano está a ser levado ao calo". Mas o pior não é a atoarda alarve. O pior é que o Rui riu-se com aquele arzinho de ah-ah-ah-eu-sou-tão-engraçado-e-mais-sou-o-melhor-comentador-desportivo-e-recebo-mails-e-tudo-dos-meus-telespectadores-e todos-me-conhecem-na-minha-rua. O pior é que ele acha que tem graça. E acha que diz coisas de relevo. E acha que a opinião dele conta. E acha que é alguém.
E a culpa é da SIC que podia ter ali qualquer um e prefere ter um qualquer. Ele é mau. Muito mau. Não devia caber na TV portuguesa. E muito menos a falar de uma coisa de que nitidamente não gosta: futebol.

Como é que é mesmo aquela coisa das micro-causas?

Nota: E esta hein? Um post sobre o Rui Santos e nem uma palavra sobre as camisas e gravatas do senhor!

sábado, abril 01, 2006

A partir de hoje somos dois ao volante. Este também é do T0. Até parece mentira, mas não é.
Agora, cuidadinho. Muito cuidadinho nas passadeiras blogosféricas.